“Cesta Básica não é PLR” foi a mensagem repassada aos funcionários e clientes da rede Drogaria São Paulo, em Votuporanga, terça-feira, dia 18 de junho.

O ato de repúdio foi organizado pelo Sindicato dos Práticos em Farmácia (Sinprafarma), Sindicato dos Empregados no Comércio (Sincomerciários) e Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo (Fecomerciários). Em ato simultâneo, em todo o Estado, os Sindicatos Filiados à Fecomerciários entregaram 60 mil panfletos contrários à decisão da empresa de trocar o pagamento do PLR por Cesta Básica.

        A panfletagem em Votuporanga contou com a participação da presidente do Sincomerciários, Lia Marques, do vice-presidente Renato Luiz David e da colaboradora Sara Oliveira. Eles passaram a mensagem aos pedestres, clientes e funcionários da farmácia e motoristas que passavam pelo local, abordando as pessoas e esclarecendo: “Temos direitos adquiridos ao longo dos anos e que foram frutos de muita luta, não podemos deixar que sejam trocados como mercadorias. Cesta Básica não é PLR!”.A Drogaria São Paulo pretende substituir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) por cesta básica de R$ 43, 00, e descontar 20% do valor da cesta.

        O presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta, disse que a Constituição Federal de 1988 garante o direito ao trabalhador da PLR, e a Lei 10.101/00, regulamenta esse direito. “Vamos nos organizar e lutar contra a troca da PLR por cesta básica”, disse Motta.

        O presidente da Sinprafarma em Rio Preto, Alceu Rechi, afirmou que a empresa deve cumprir as cláusulas da Convenção Coletiva, mantendo a PLR e pagando Vale Refeição integral. A rede já distribui PLR há 12 anos, desde 1999. Os práticos querem continuar recebendo o benefício e, como avanço, que a empresa também forneça Cesta Básica. E mais: que pague Vale Refeição no valor de R$ 16,00 aos empregados que trabalham aos sábados, domingos e feriados. Hoje, a Drogaria SP desrespeita a Convenção Coletiva de Trabalho da Capital e Interior, pagando somente vale de R$ 7,50, válido apenas de segunda à sexta-feira. “A categoria não concorda e, por essa razão, pediu aos comerciários apoio nesta batalha. Unidos, somos mais fortes”, diz Rechi .